e tambem — ou ainda mais — de sua pequenez näo encontra paralelo nem mesmo nos grandes compositores de öpera que o sucederam, como Wagner, Verdi e Puccini. Certamente uma das aberturas mais dificeis de executar de manei- ra precisa, num limpido re maior que prepara todo o teatro para uma grande öpera ou para um grande concerto — como e o caso hoje. Wolfgang Amadeus Mozart Concerto para piano n.20 (1785) Esta e considerada por diversos autores como uma das primeiras obras que anteveem o ro- mantismo, por seu caräter escuro (especialmen- te pela incomum utiliza^äo de uma tonalidade menor) livre e subjetivo. Foi finalizada em 10 de fevereiro de 1785 e estreada no dia seguinte em Viena — o copista terminava de escrever as partes da orquestra enquanto o püblico ja adentrava o teatro. Apesar das inerentes dificul- dades de execu^äo, Mozart certamente impro- visou brilhantemente ao piano, e dias depois certo müsico presente na plateia espalhava aos quatro cantos que ali se encontrava um dos maiores compositores que eie ja conhece- ra. Este espectador era ninguem menos que o compositor mais respeitado de Viena: Joseph Haydn. Compositores como Beethoven, Brahms e Clara Schumann foram grandes apreciadores deste concerto, e chegaram mesmo a escrever as cadencias que säo utilizadas ate hoje — visto que a original se perdeu. A obra se inicia na tonalidade de re menor, ja utilizada antes por Mozart em diversas obras, como em seu famoso Requiem, mas nunca antes num concerto — eie so viria a repetir a utilizagäo de uma tonalidade menor no Concerto n.24 em dö menor. As cor- das, que refor^am a tonalidade numa sincopa